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27/abr/2011

3 de maio Dia Mundial da Asma

Hospital das Clínicas comemora a data com a palestra "Uso de bombinhas em asma: mitos e verdades

O Hospital das Clínicas comemora o Dia Mundial da Asma com a palestra  "Uso de bombinhas em asma: mitos e verdades", com a especialista em pneumologia pediátrica e chefe do Serviço de Pneumologia Pediátrica da FMRP-USP, Profª. Dra. Lídia Torres. O evento é aberto ao público e acontecerá no próximo dia 3 de maio, terça feira, às 18:30h no anfiteatro do CEAPS (Hospital das Clínicas Campus - 2º andar). Esse evento faz parte de um esforço mundial de se concientizar os indivíduos sobre a importância do tratamento da asma e possibilidade de controle da doença.

 

 A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas em que ocorre uma resposta exagerada do sistema imunológico a estímulos do ambiente e isso resulta na obstrução dos brônquios ou seja uma redução do fluxo de ar que entra e sai dos pulmões. Os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de sintomas  mais ou menos intensos  entre as crises. Os pacientes costumam apresentar tosse, dificuldade respiratória, com dor  ou sensação de aperto no peito, chiado e falta de ar, mas também pode se manifestar como tosse aos esforços. Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã, principalmente durante a madrugada ou à noite.

 

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 4% a 12% da população mundial tem asma, ou seja, 100 a 150 milhões de pessoas. No Brasil, esses números estão em torno de 10-20% da população, de acordo com a idade e é  a terceira causa de internações dentro do Sistema Único de Saúde. Em 2007 foram registradas 273.205 internações por asma no Brasil, o que equivale a 2,41% das internações totais, somente sendo superada pelas pneumonias, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão arterial.

 

Uso das bombihas: mitos e verdades

 

Para o tratamento da asma existem vários tipos de medicamentos. Entre os mais comuns e populares estão os medicamentos que dilatam os brônquios em aerosol, conhecidos como bombinhas. Mitos e  duvidas rondam o uso das bombinhas em asmáticos. A médica Lidia Torres, especialista em pneumologia pediátrica e chefe do Serviço de Pneumologia Pediátrica da FMRP-USP explica que "as bombinhas são mais seguras e causam menos efeitos colaterais que os comprimidos e xaropes". Ela diz que "a dose do medicamento inalada através do jato do spray chega ser 20 vezes menor que a dos aerosois e 100 vezes menor que a dos comprimidos e xaropes, pois age diretamente nos pulmões e não precisam circular pelo corpo todo", explica. Entretanto, há dois tipos de bombinhas, as que aliviam as crises, diminuindo a falta de ar e as que desinflamam os brônquios. É importante que os dois tipos sejam usados conjuntamente em alguns casos, para adequado controle da doença. Ressalta ainda que o tratamento é de longa duração, mas é necessário ter alguns cuidados com a realização do procedimento, que não apresenta risco algum para o coração nem expõe o indivíduo ao vício. É sobre isso que se vai conversar nesse dia mundial da asma.

 

 Para a médica, "a asma, ainda hoje, é uma doença grave e se incorretamente tratada, pode levar à morte. É fundamental que o paciente tenha acompanhamento médico e siga corretamente o tratamento para o controle da doença, o que pode ser obtido sem muita dificuldade, se o indivíduo estiver informado e com uso das medicações atualmente disponíveis" conclui.