O Hospital Dia da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto completa neste mês de maio, 50 anos de criação. Para comemorar sua trajetória foi programado Simpósio, para os dias 18 e 19 de maio, que além de discutir o trabalho multi e interdisciplinar no tratamento psiquiátrico e a prática psicoterapêutica vai contar a experiência e história desse Hospital que foi pioneiro na hospitalização parcial, dentro de uma instituição de ensino.
O evento vai contar com a participação do professor Hernan Davanzo, médico chileno, que foi fundador do Departamento de Psicologia Médica na FMRP, em 1957, a convite do professor Zeferino Vaz. Também estará presente o professor José Onildo Betioli Contel, que durante mais de 30 anos dirigiu a instituição, hoje sob responsabilidade do professor Mario Juruena.
As inscrições podem ser feitas na Secretaria do Hospital Dia, Prédio da Saúde Mental, Rua Tenente Catão Roxo, 2650, — Campus da USP, Ribeirão Preto. Até 4 de maio custam de R$ 10,00 a R$ 50,00 após vão de R$ 15,00 a R$ 70,00.
O evento acontece no Espaço de Eventos do Bloco Didático da FMRP, Av. Bandeirantes, 3900, campus da USP Ribeirão Preto. Mais informações www.facebook.com/groups/268285936598210/
História
O HD é especializado em atendimento terciário para paciente psiquiátrico grave e em crise e encaminhado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atende em média 16 pacientes em hospitalização parcial, de segunda a sexta-feira, e 40 pacientes em acolhimento após alta.
"Ele se antecipou a reforma psiquiátrica", segundo o professor José Onildo Betioli Contel, da FMRP, que durante mais de 30 anos dirigiu o HD do HC da FMRP. Com a reforma psiquiátrica, conta o professor, foram fechados leitos para pacientes psiquiátricos graves e não foram abertas alternativas para os pacientes já em tratamento e nem para aqueles que surgiram ao longo do tempo. Para o professor a cidade e a região precisariam de mais três.
Segundo o professor Onildo, o Hospital Dia foi pioneiro como primeira instituição de hospitalização parcial vinculada a uma Universidade do país.
O seu foco é o tratamento intensivo preservando os vínculos familiares e sociais e propõe a reinserção e descentralização do atendimento de pacientes psiquiátricos. "Uma prioridade de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Ele desempenha e realiza o atendimento, a adesão ao tratamento, a reinserção social de pacientes e familiares de modo interdisciplinar, com a aplicação de múltiplos grupos terapêuticos e grupos de gerência da clínica", enfatizam os professor Onildo e Juruena.